Pipocam na imprensa, de vez em quando, a notícia que Marta Suplicy, Kassab e Alckmin estão disputando uma aliança com Orestes Quércia pelo tempo na tv do PMDB. Hoje o painel da Folha informa que Kassab está inclusive oferecendo cargos no segundo governo.
É preciso ter calma com o que se lê na imprensa, muitas vezes a mídia é uma extensão da disputa política. Informações privilegiadas, verdadeiras ou não, são “vazadas” para jornalistas para promover estragos aos adversários.
Sei que na disputa eleitoral de hoje o tempo na televisão tem uma importância muito grande, ainda mais em uma disputa acirrada como está se configurando em São Paulo. Os minutos do PMDB devem valer ouro, mas não tenho nada com estes cálculos políticos. Só acho uma aliança macabra, como o governo Lula está mostrando com o aparelhamento do estado pelo ex-partido de Ulisses Guimarães. Uma aliança com Quércia é uma aliança macabra para quem deseja se opor a tudo isso que está por aí.
Poço estar sendo bastante ingênuo, sei da importância das alianças para governar, mas sei de suas implicações também. Alckmin começou a jogar sua eleição no lixo quando subiu no palanque com Garotinho, não ganhou um único voto no Rio, aliás perdeu. Conseguiu rachar uma base sólida de sua campanha no Estado com César Maia e Denise Frossard. Na época o prefeito do Rio foi enfático: era o beijo da morte.
Quem se aliar com Quércia terá de carregá-lo, e não será fácil. Se existe realmente esta disputa, que vença Marta Suplicy, é a cara de seu governo. Se esta aliança for decisiva para vencer a eleição, acho melhor perder sem ela do que ganhar com ela, pois é uma dessas que se carrega pelo resto da vida.