Aquecimento Global, algumas considerações

Não sou louco de afirmar se a humanidade está provocando um aquecimento global que nos levará ao apocalipse ou não; isso é coisa para cientistas, e ao que parece eles ainda estão longe de qualquer consenso.

O que acho muito estranho é que a mídia amplifique os arautos da destruição e silencie sobre as discordâncias. Cada vez mais o Aquecimento Global fica parecendo uma nova religião que está surgindo, com dogmas e proibição da discussão.

Na última semana mais de 500 cientistas especialistas em clima reuniram-se em Nova Iorque para discutir sobre o assunto. Estes cientistas afirmam que não há consistência na afirmação de que o homem é o responsável por um aumento constante de temperatura que levará à catástrofe. Em artigo de Margaret Tse, no Mídia sem Máscara, ela resume o que se constatou:

– As conseqüências do aquecimento moderno são positivas para a humanidade e para a vida selvagem;

– Que as previsões de aquecimento no futuro não são confiáveis;

– Que os custos para se tentar deter “o aquecimento global” excedem os benefícios hipotéticos em fator maior que 10;

– Que os cientistas dissidentes foram chamados de “céticos” e grandemente ignorados pela mídia, censurados por governos e demonizados por ambientalistas. A verdade é que o falso “consenso” de cientistas foi alardeado por cientistas chapa-branca e aliados políticos com motivos manipuladores;

– Que as pesquisas e revisões atuais da literatura científica revelam que os céticos são a maioria dentro da comunidade da ciência do clima; que suas vozes foram suprimidas devido à enorme publicidade que se deu ao Painel Intergovernamental de Mudança Climática das Nações Unidas, entidade cuja agenda tem como plataforma de apoio a teoria de que a catástrofe do aquecimento global se deve à ação humana.

Em resumo este pessoal, que seguramente sabe muito mais do que nós leigos, afirmam que o clima do planetas está historicamente em constante mutação por fatores alheios ao ser humano.

Existe muitas pessoas se beneficiando da teoria do Aquecimento Global. Cientistas “engajados” estão conseguindo verbas inimagináveis para pesquisa no assunto. Quanto pior o prognóstico, melhor o financiamento. Além desses, uma série de políticos abraçaram esta bandeira como uma forma de ganhar projeção, como exemplifica bem Al Gore. A junção dos dois fatores tem provocado uma frente poderosa.

Mas qual seria o problema em pesquisar melhor o assunto? Na dúvida não é a melhor saída? A questão é que dinheiro não dá em árvore e ao que parece esta sendo empregado uma soma considerável que sem o argumento político não se justificaria. Este dinheiro seria empregado melhor em outras linhas de pesquisa. Além disso há um impacto de uma série de medidas, de eficácia bastante questionáveis, na economia mundial. Tudo isso sem que a participação dos representantes da população. Os parlamentos estão sendo colocados de lado nesta estória, está tudo sendo decidido em fóruns muito restritos como os gabinetes governamentais e conselhos multi-nacionais.

Não está sendo esclarecido à população o custo dos programas e os objetivos que se propõe a atingir. Estão vendendo o Aquecimento global como uma verdade e não é. Não há consenso científico à respeito; pior, cada vez mais o ceticismo é exercido por gente mais gabaritada.

São só apenas algumas reflexões que tenho tido após alguma pesquisa. Abaixo dois textos que li recentemente sobre o tema:

Água fria no “aquecimento global”, por Thomas Sowell
Conferência Internacional sobre Mudança Climática em 2008, por Margaret Tse

11 pensamentos sobre “Aquecimento Global, algumas considerações

  1. “As conseqüências do aquecimento moderno são positivas para a humanidade e para a vida selvagem”

    Positivas para que parte da humanidade e que vida selvagem exatamente? Pois eu moro em um país onde que tem sua metade norte no pólo norte e as consequencias lá são longe de serem positivas. O habitat natural do urso polar, por exemplo, está sumindo a medida que a calota polar derrete. E tem derretido tão rápido nos últimos 20 anos que uma area que antes era intransponível, agora já o é, o que tem causado sérias disputas entre o Canada e outros países.

    Eu me pergunto que lado está enganando quem. E se não podemos acreditar que há consenso entre os cientistas sobre o problema, pq acreditar que há consenso sobre o ceticismo? Eu sei que não preciso de muita prova científica; vejo a coisa com meus proprios olhos.

    Ceticismo ou não, eu acho que não atrapalharia em nada se todos fôssemos mais conscientizados sobre o impacto que temos no mundo ao nosso redor e sobre como minimizá-lo. Mas isso implicaria em mudanças no nosso modo de vida o que seria um pouco incoveniente… melhor acreditar que o aquecimento global é natural.

    Um video interessante da ECO 92:
    http://guerson.wordpress.com/2007/11/05/from-the-mouths-of-children/

  2. Aí é que está o problema. Que atualmente existe um aquecimento, não há dúvidas. Mas é causado pelo homem? Ou é um fenômeno cíclico que se repete na história? Só no último século já houveram dois alarmes parecidos: um sobre o aquecimento e outro sobre o congelamento. Conscientizar sobre o impacto que temos no mundo depende de saber que impacto é esse não acha?

    O que estou tentando refletir é que existem cientistas, e dos bons, que rejeitam esta teoria que coloca a ação do homem como a causadora do aquecimento global, que ninguém sabe até quando vai durar. Aliás estes meses mostram o contrário desta previsão, está havendo uma onda de frio inexplicável! Aqui em Brasília estou dormindo de adredon desde o dia em que cheguei!

    Na semana passada o Lula foi na Antártida. O que me chamou a atenção era que os cientistas não conseguiam prever o tempo que faria na visita com três horas de antecedência. 3 horas! Como podem ter alguma certeza para daqui a milênios!

    Reproduzo aqui um artigo do Nelson Archer na Folha do dia 4/2:

    NELSON ASCHER

    Quente ou frio?

    O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas

    QUANDO VIERAM atrás das lâmpadas incandescentes, não protestei porque já me habituara a ler à luz de outras; quando baniram os bifes, não disse nada porque podia comer pizzas; quando eliminaram os transgênicos, tampouco reclamei, pois meu salário bastava para comprar alimentos orgânicos; quando proscreveram os vôos internacionais, dei de ombros, pois já conhecia Paris, Londres, Veneza; quando tornaram proibitivo o uso de automóveis, obrigando todos a se aglomerarem em ônibus e metrôs, calei-me porque trabalhava em casa; quando plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês, ri da história porque não me dizia respeito; quando criminalizaram a sátira, os comentários politicamente incorretos, a obesidade, o fumo etc., aí, obviamente, já era tarde demais para abrir o bico.
    Poucas décadas atrás, todas as proibições mencionadas teriam parecido ridículas, quando não absurdas. Dependendo de onde a vítima viva, hoje a maioria delas se tornou real demais. E muitas estão sendo impostas aos cidadãos não por meio de mecanismos democráticos, como a discussão e o voto, mas através de lobbies endinheirados que pressionam governos para que estes imponham à sociedade as manias desta ou daquela minoria obsessiva.
    O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas. Esse pessoal não apenas meteu na cabeça que, devido a algumas variações de frações de graus nos últimos cem anos, o planeta está prestes a se derreter, como se convenceram também de que nós, ou seja, os seres humanos, é que somos a causa do suposto desastre. Gente como Al Gore, os militantes do Greenpeace e os burocratas transnacionais da ONU selecionam a dedo, entre inúmeras hipóteses contraditórias, as poucas que lhes confirmam os preconceitos, obtêm apoio de alguns cientistas que acreditam nelas, conseguem o silêncio de muitos outros e, valendo-se de modelos computacionais às vezes duvidosos, muitas vezes discutíveis e discutidos, transformam em verdade absoluta o que mal passa, no momento, de uma especulação entre tantas, declarando, precipitada e acientificamente, que se trata de consenso indiscutível. Para completar, demonizam ou isolam quem quer que levante a menor objeção.
    Mas, como não faltam mais aqueles que estão devidamente habituados a/e vacinados contra seu terrorismo conceitual (e, não raro, seu terrorismo propriamente dito), o fato é que, se submetidas aos processos decisórios normais de uma democracia, as medidas que eles reivindicam para combater tais males imaginários jamais seriam referendadas pelo grosso do eleitorado. Aí entram milionários como George Soros, companhias preocupadas com o efeito da propaganda negativa, firmas interessadas em vender produtos ecologicamente corretos, economias estagnadas que vêem nessa medida uma maneira de prejudicar as que andam a pleno vapor, países, ou antes, governos e elites do Terceiro Mundo aos quais se promete certa vantagem financeira em troca de apoio e assim por diante.
    Um exemplo ajuda: pouco antes de deixar a presidência dos EUA para se tornar uma presença requisitada em Davos e lobbista internacional, Bill Clinton assinou o Protocolo de Kyoto. Por que é que só o fez então? Porque sabia que o documento não tinha a menor chance de passar pelo Senado. Embora seu gesto fosse, como tal, inútil, este aumentava sua popularidade entre o jet-set internacional em detrimento, é claro, da imagem de seu país. E isso apesar de sabermos que Kyoto era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas.
    A preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado. O que a faz ainda pior é o fato de que seja usada para encobrir ou eclipsar as questões verdadeiramente urgentes, os perigos autênticos que nos rondam: fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares. Nada disso, porém, desviará a atenção de milhares ou milhões de militantes que, como os adeptos de qualquer seita, são movidos por dois desejos prazerosos, a saber, o de policiar a vida alheia e o de punir o sucesso de sociedades inteiras que não comungam de sua fé apocalíptica.

  3. Eu não entendi essa frase:
    “A preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado.”

    Pois os pobres – ou “a parcela miserável da humanidade” – não são aqueles que têm que se preocupar mais com o meio ambiente pois o fato de não poderem se dar o luxo de desperdiçar nada, faz com que sejam menos destrutivos. Quem tem um impacto maior são justamente os países industrializados – particularmente EUA e Canada que são os piores poluidores per capita. Muitos ambientalistas inclusive defendem que só os países ricos teriam que aderir a protocolos como os de Kyoto e não necessariamente os países pobres.

    É verdade que o mundo já passou por outras variações climáticas – o que não quer dizer que a coisa não tenha piorado com a industrialização e a geração de quantidades sem precedentes de gases nocivos.

    o lobby anti-meio ambiente é tão forte quanto o lobby ambientalista.

    mais informacoes:
    http://www.globalissues.org/EnvIssues/GlobalWarming/Action.asp

  4. Uma das considerações de Archer é a enorme pressão ambiental que os países em desenvolvimento (democráticos) são obrigados a seguir por estes protocolos e acordos de proteção ambiental. No Brasil, por exemplo, as exigências ambientais para qualquer empreendimento são gigantescas. Exagero ou não, o fato é que o impacto sobre os custos de qualquer empreedimento são cada vez mais significativos. Incide sobre geração de energia, transportes, saneamento, etc.

    Muitos defendem que estes custos são importantes para segurar à agressão ao meio ambiente, mas o fato é que estas medidas são tomadas sem qualquer consulta à população, nem mesmos seus representantes eleitos. Esta é uma das ponderações de Ascher. Será que se a população fosse informada dos custos dos programas de proteção ambiental elas aceitariam estes programas? Não está falando de consulta direta, mas de discussão do assunto no forum adequado em uma democracia: o parlamento.

    Outra questão que levanta, a população dos países pobres concordam com a utilização de recursos públicos para o meio ambiente em detrimento, por exemplo, da saúde pública? Ou geração de energia?

    Tenho dúvidas sobre a liderança dos Estados Unidos e Canadá da poluição do planeta. Tenho lido que a China já é o maior poluidor mundial. Se não é, será, junto com Índia e Rússia. A corrida industrial destes países está sendo assentada pelo absoluto desprezo ao meio ambiente.

  5. A China está realmente começando a contribuir cada vez mais – a única coisa que tem segurado EUA e Canada no posto de maiores poluidores per capita é o fato de que a GRANDE maioria da população chinese vive na mais absoluta pobreza e não tem carro e em muitos casos nem energia eletrica… Ou seja, per capita, eles poluem pouco ainda. Mas a industrialização lá é realmente alarmante. Eu lembro da minha primeira aula de historia da china – o professor falava que o governo chinês tem que manter boa parte de sua população na pobreza pois se cada família chinese quizesse ter um carro, não haveria metal suficiente no mundo para construir todos os carros, gasolina o suficiente em todas as reservas de petroleo para rodar esses carros e mesmo se tivesse, a poluição gerada destruiria o planeta.

    Mas apesar de ser o país que criou o Greenpeace e de onde saiu David Suzuki, o Canadá não tem ido muito bem:
    http://www.thestar.com/sciencetech/article/203678

    Ah! e o assunto é amplamente discutido no parlamento aqui.

  6. PS: parte do motivo de EUA e Canadá serem os piores poluidores está no fato de que o estilo de vida norte-americano simplesmente não é sustentável. Fico triste em ver a China tentando emular esse estilo de vida…

  7. A poluição chinesa pode ser causado por uma tentativa de emular estilo de vida norte-americano, mas do século XIX! A poluição chinesa está relacionado ao seu processo de industrialização acelerada, voltado para a importação e não para o consumo interno. A agressão ao meio ambiente se dá através da instalação de fábricas e, principalmente, na geração de energia. Não há legislação ambiental no país, qualquer coisa vale na hora de se instalar uma indústria.

    Quanto a contenção da população, acho exatamente o contrário. Até hoje não vi melhor maneira de evitar o crescimento populacional do que o desenvolvimento econômico e social. Ao manter a população na pobreza só estará empurrando o problema para o futuro pois a taxa de natalidade continuará alta.

  8. No caso o problema nem é a *contenção* da população, o problema são os números que já existem lá. O mundo precisa urgentemente de um novo modelo de estilo de vida que não seja o norte-americano, que permita que países populosos como a China e a India se desenvolvam economica e socialmente sem que isso acarrete a destruição de nossos recursos naturais…

  9. O período de observação é ridiculamente ínfimo e insuficiente considerando a idade do planeta, do clima. Pior: termômetros urbanos reproduzem um falso diagnóstico que só vale dentro da ilha de concreto em que se situam. Os que trabalham com medição por satélites atacam a precariedade dos termômetros terrestres, os trabalhadores dos quais respondem, por sua vez, acusando a impossibilidade dos satélites de medir a temperatura sob as camadas de nuvens, portanto sua medição não sendo mais acurada. Daí que as previsões de décadas passadas não tenham se concretizado, e daí que o Aquecimento Global, em Inglês “Global Warming”, tenha mudado de nome recentemente para Mudanças Climáticas ou “Climate Change”, assim vale tudo: faça chuva ou faça sol, não sendo mais a discussão sobre aquecimento ou congelamento, mas sobre a necessidade de agir já dando como óbvio pressuposto que a mudança é causada e também reversível pelo homem. E como se, enfim, a tentativa de suprimir a discussão e a investigação já não lançasse um insuportável odor de enxofre sobre o assunto, ainda há bombardeamento de discurso ideológico, onde um lado arroga para si toda a autoridade e boas intenções enquanto acusa o outro de ilegítimo mal intencionado.

    Sobre os maiores poluidores do planeta, o Brasil está bem colocado graças às queimadas, e a China disputa a liderança. Mas números a parte, é fato que nos EUA e mesmo no Brasil não só existe legislação e preocupação com a poluição há muito tempo, mas os indivíduos são livres para agir e corrigir os problemas, enquanto na China a despreocupação é regra governamental e críticos correm risco de perseguição e até de vida. Aqui pode-se levantar um ponto lateral: certamente não é fazendo os EUA e do mundo ocidental mais parecido com a China ou a Rússia que o problema seria resolvido. Mas é precisamente isto que é pregado: o abandono da liberdade e da democracia. E é por isso que o preço apresentado é a sobrevivência do planeta: único barato o suficiente.

    Sobre a “força” dos lobbies, se por força definimos a capacidade política, eleitoral, para a popularidade, obviamente o lobby ambientalista é um titã imbatível perante o lobby “anti-ambientalista”, bastando observar e comparar o império do discurso ambientalista, o número e qualidade dos meios que o propagam, os que e quem a ele aderem, uma verdadeira máquina de propaganda em todos os meios possíveis e imagináveis com a precariedade do oposto – ressalvando que a classificação automática, e portanto ideológica, de todos os que se oponham ao primeiro lobby como “anti-ambientalistas” é uma rotulação odiosa que não escapa à influência ou serviço de apenas um dos lados. Entre os oponentes encontram-se também meros céticos, e preocupações em nada contrárias ao bom trato do meio ambiente, que é o que o termo deixa implícito.

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