Estou curioso pelas manchetes de amanhã. Chega ao fim, após 49 anos, a mais longa ditadura existente, a Cuba de Fidel Castro. Sai do poder o herói de muito intelectual de miolo mole do lado de cá do equador. Será que os periódicos terão coragem de chamar a coisa pelo nome? A Folha Online começou bem, em sua chamada se refere a Fidel como ditador. O portal da UOL levanta o legado ambíguo de Castro. Fico pensando, ambíguo em que sentido? O homem é o maior assassino vivo, a prova de que o estado totalitário, nas mãos de uma facínora, é capaz de números assustadores. Perto deles, monstros como Jack estripador e Mason não dão nem para saída. Não, o lugar de Fidel é ao lado de Hitler, Stalin, Mao, Ho Chi Min e tantos outros.
O argumento usado é que Fidel teria melhorado a vida em Cuba. Melhorou tanto que é preciso manter a população presa na ilha para não ficar sozinho com seus burocratas. Aliás, este para mim sempre foi o argumento definitivo contra o comunismo, a necessidade de evitar a fuga em massa de sua população. O homem é capaz de aguentar o diabo em sua terra, mas o socialismo foi bem além do que imaginava ser seu limite.
Amanhã é dia de dar nome aos bois. É simples. Chamou Fidel de monstro, está do lado da humanidade. Tentou pintá-lo com as cores da ambiguidade, é comprometido idologicamente. Chamou-o de democrata, é caso de hospício ou um perigo.
É simples assim.