Na eleições de 2006 escutei de muita gente boa que o único candidato bom mesmo era o senador Cristovão. Pelo menos era um homem dedicado à educação, tanto que seu discurso só girou em torno disso. Eu, por outro lado, estava desconfiado. Ainda não me saía da cabeça a desmontagem do exame nacional de cursos, o provão. A despeito da oposição da UNE (para que serve esta estrovenga afinal?), o exame estava dando bons resultados. As universidades particulares estavam a caça de professores com currículo e incentivando-os a se aprimorarem cada vez mais. Começavam a se preocupar com o aprendizado dos alunos, e a população passava a ter um termômetro de qualidade.
Claro que como todo projeto novo, ainda possuía falhas e distorções, mas a idéia era muito boa. Pois Cristovão, como ministro da educação, acabou com ela e criou a versão inútil que vigora hoje. Tudo para atender o corporativismo das universidades.
Ontem, mostrou de que lado está. Diante dos indenfensáveis gastos do atual magnífico reitor da UNB, afirmou que não havia dolo, apenas “equívocos de prioridades”. Ora, senador, foram meio milhão de reais em decoração de um apartamento. Com esse dinheiro se constrói um excelente apartamento em quase todo o lugar do país; se é assim que defenderia o recurso público, ficou muito bem com os minguados votos que recebeu.
Voto aliás que não dei. E agora dou-lhe uma banana. E não é a fruta.