O presidente Lula afirmou ontem, em visita à Cuba, que pertence a uma geração “apaixonada pela Revolução Cubana”. Sobre a violação dos direitos humanos (espécie de eufemismo para assassinatos de cidadãos pelo estado) prefere o silêncio. Nestas horas lembra que não cabe a ele dá palpites sobre questões internas. Esta regra só vale para os aliados. Não vale, por exemplo, para a Colômbia; ou para os Estados Unidos; ou ainda para os europeus. Assim temos uma aliança com a única ditadura do continente, mas se rejeita qualquer democracia séria.
Mas Lula tem razão em um ponto, sobre a geração “apaixonada pelo Regime Cubano”. Esse mal não é exclusivo dele, muito pelo contrário. Atinge uma grande massa de intelectuais, jornalistas, formadores de opinião. É uma lástima. Hoje se tem uma boa idéia dos métodos do monstro caribenho, o suficiente para ser rejeitado até pelo coisa ruim, que recusa-se a recebê-lo em seu reino. Mas a realidade não comove esta turma.
Afinal, ditadura mesmo foi a brasileira, com seus 500 mortos (exagerando bastante) em 21 anos. Cuba? É um sucesso, não estão vendo?