Em trânsito

Amanhã inicio meu deslocamento para Brasília. Estou de mudança, vou ficar mais perto do poder central, he he he. Durante algum tempo não terei acesso full time à internet. Espero estar logo instalado, em meu mais novo lar, postando novamente. Até breve!

ps: Aumentar impostos por causa da CPMF e separar mais de 1 bilhão de reais para ajudar Cuba é uma absurdo! Ainda mais que o país caribenho foi arruinado por um facínora que é idolatrado pela cúpula do governo. É o fim da picada. E as secretarias estaduais de saúde querem a volta do imposto para custear o setor. Que tal fazer uma manifestação contra a medida? Rádio em silêncio?

6

Sexta morte. Silêncio de Temporão. Deve estar desesperado para voltar ao seu assunto predileto: o aborto. Este negócio de Febre Amarela e doenças endêmicas é um saco.

Ah… o credencial do homem para o cargo era o fato de ser médico sanitarista.

Mãos dadas com o mal

O presidente Lula afirmou ontem, em visita à Cuba, que pertence a uma geração “apaixonada pela Revolução Cubana”. Sobre a violação dos direitos humanos (espécie de eufemismo para assassinatos de cidadãos pelo estado) prefere o silêncio. Nestas horas lembra que não cabe a ele dá palpites sobre questões internas. Esta regra só vale para os aliados. Não vale, por exemplo, para a Colômbia; ou para os Estados Unidos; ou ainda para os europeus. Assim temos uma aliança com a única ditadura do continente, mas se rejeita qualquer democracia séria.

Mas Lula tem razão em um ponto, sobre a geração “apaixonada pelo Regime Cubano”. Esse mal não é exclusivo dele, muito pelo contrário. Atinge uma grande massa de intelectuais, jornalistas, formadores de opinião. É uma lástima. Hoje se tem uma boa idéia dos métodos do monstro caribenho, o suficiente para ser rejeitado até pelo coisa ruim, que recusa-se a recebê-lo em seu reino. Mas a realidade não comove esta turma.

Afinal, ditadura mesmo foi a brasileira, com seus 500 mortos (exagerando bastante) em 21 anos. Cuba? É um sucesso, não estão vendo?

Febre Amarela: Nunca antes neste país

Nunca antes neste país um ministro da saúde foi em rede pública negar uma epidemia e pedir para a população não vacinar. Desde que me conheço por gente vejo agentes de saúde fazendo campanhas para vacinar, saúde costumava ser uma coisa séria. Mesmo com toda a pressão sobre o governo, ao menor sinal de uma epidemia, os ministros assumiam a luta para controlá-las. O que vemos agora é o contrário, um esforço gigantesco para não se fazer propaganda negativa, e com isso evitando de se tomar as medidas necessárias.

Hoje morreu o quinto. O posto de saúde, aqui em Resende, bem longe da área de risco, já não tem mais vacina. Vi pânico nas pessoas quando fui lá hoje. Estou indo para Brasília, tentei tomar minha dose, não consegui.

Nunca antes neste país.

Oi/BrT

Não tem nem o que escrever. Apenas Reinaldo Azevedo percebeu até agora que a compra da Brasil Telecom pela Oi é o maior absurdo do lulismo, e expões o perigo que o país corre com esta turma. Não deixem de acompanhar o blog do jornalista. O melhor é a refutação a gente de “peso” como Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.

Acompanhe aqui

6 – 2 = 4

Esta equação mostra bem a vergonha, ou falta desta, promovida pela mídia nacional e internacional. As FARC libertaram 2 reféns, e acabaram de seqüestrar 6! E agora Hugo Chávez? E agora Celso Amorim? “top top” Garcia? Lula? Oliver Stone? Alguém?

Impecável

COMUNICADO OFICIAL

“Todos os grupos violentos da Colômbia são terroristas. Terroristas são as FARC, a ELN, os paramilitares em processo de desmantelamento. São terroristas por atentar contra uma democracia respeitável e por seus métodos de extermínio da humanidade.

Colômbia tem uma democracia que avança com segurança para todos os cidadãos, respeitadora das liberdades e do pluralismo, marcada por construir a coesão, esforçada pela transparência e respeitosa da independência das diferentes instituições que formam o Estado.

O uso da força ou somente a sua ameaça contra esta democracia é puro terrorismo. No continente houve grupos violentos que, por lutar contra ditaduras, foram qualificados de insurgentes. Na Colômbia os grupos violentos atentam contra a democracia, em conseqüência, a qualificação que merecem é a de terroristas.

Os grupos terroristas da Colômbia são terroristas porque se financiam de um negócio letal contra a humanidade: o narcotráfico.

Os grupos violentos da Colômbia são terroristas porque seqüestram, põe bombas indiscriminadamente, prendem e assassinam crianças, assassinam mulheres grávidas, assassinam velhos e utilizam minas pessoais deixando por onde passam milhares de vítimas inocentes. Todas estas práticas violam os direitos humanos e o direito humanitário, que é apenas um atenuante da crueldade.

Os grupos violentos da Colômbia são terroristas porque destroem o ecossistema, tendo devastado milhões de hectares de selva tropical para plantar coca e produzir cocaína.

Os grupos violentos da Colômbia são terroristas porque o único que tem produzido para o país é o êxodo, a dor, o desemprego e a pobreza.

Os grupos violentos da Colômbia são terroristas porque seqüestram em qualquer parte, não tendo inconveniente em seqüestrar venezuelanos na Venezuela, equatorianos no Equador; sua luta não é ideológica; ao contrário, é acumular dinheiro proveniente da crueldade e dos negócios ilícitos. Isto demonstra que seu objetivo é o terrorismo transnacional e não uma luta política na Colômbia.

Os grupos violentos da Colômbia são terroristas. As guerrilhas trocaram suas velhas idéias de revolução marxista pelo mercenarismo financiado pelas drogas ilícitas, além de engendrar o terrorismo paramilitar.

O Governo da Colômbia por nenhum motivo aceita que destes grupos se levante a qualificação de terroristas e se dê a eles o status de beligerância.

O Governo da Colômbia, com suas Forças Armadas e sua Constituição, continuará a luta até derrotar estes grupos terroristas que tem recebido as mais generosas ofertas de paz, como demonstra o tratamento cheio de solidariedade a 46.000 desmobilizados.

Neste momento, o mundo não pode esquecer os 750 cidadãos seqüestrados pelas FARC nos últimos 10 anos, que seguem desaparecidos. A liberação de Dona Consulelo González de Perdomo e Dona Clara Rojas, que todos os colombianos celebramos, não pode ocultar o horror do seqüestro de que foram vítimas por tantos anos, nem tampouco ocultar o tratamento de tortura que os terroristas das FARC dão aos membros da Força Pública e aos dirigentes políticos seqüestrados por eles: permanecem acorrentados dia e noite em jaulas, como tão bem testemunharam as duas reféns liberadas.

O Governo da Colômbia trabalhará com a Igreja Católica na busca de uma zona de encontro, sobre a base de que a gestão humanitária que levem adiante os prelados não tolerará parcialidade a favor dos terroristas das FARC”.

11 de janeiro de 2008.
Imprensa Presidencial de Colômbia

Delírio de Chávez

“Solicito aos governos do continente (latino-americano) que retirem as Farc e o ELN da lista de grupos terroristas do mundo; peço à Europa que retire as Farc e o ELN da lista de grupos terroristas do mundo porque essa lista tem uma única causa, a pressão dos Estados Unidos.”

Eis aí Hugo Chávez. A imprensa trata o assunto como se o venezuelano tivesse apenas alguns contatos e uma simpatia pelas FARC, a verdade está estampada. São sócios em um projeto político, é um interlocutor de um movimento que ao mesmo tempo é terrorista, criminoso e revolucionário.

Os países que possuem uma lista de grupos terroristas são democracias, e as FARC não reconhecem uma democracia, no caso o governo legalmente constituído da Colômbia. Querer associar Chávez com qualquer projeto democrático (como o faz outro sócio, o presidente brasileiro) é agir com muita cegueira ou má fé. Não se pode reconhecer como legítimo um movimento que mantém 700 civis como reféns. Exércitos fazem prisioneiros de guerra, são expressão militar de uma nação. As FARC espalham o terror, praticam seqüestros de civis (inclusive idosos e crianças), estão associados de maneira indissolúvel com o tráfico de drogas e pregam uma revolução comunista, sem a participação popular (como sempre).

O bufão de Caracas quer que se considere legítimo a existência de um exército, financiado por dinheiro do tráfico de drogas, para lutar contra um governo legal e democraticamente constituído, transformando o país em uma guerra civil.

Só isso.

Editorial do Estadão:Bush no Oriente Médio

“A justa resposta inicial dos Estados Unidos aos ataques terroristas de 11 de Setembro, com a invasão do Afeganistão e a perseguição aos terroristas do Taleban, foi seguida pela injustificada Guerra do Iraque, ameaças crescentes ao Irã e por uma série de iniciativas negativas.
Mais de seis anos depois, não só Osama bin Laden e outros mestres do terror continuam à solta como o Iraque ocupado se converteu num matadouro, com milhares de civis mortos em atentados terroristas. O terrorismo, vale lembrar, não existia naquele país até então.”

A mídia é unânime em afirmar que a invasão do Iraque foi um erro monumental de Bush. Quando a mídia é unânime, eu aprendi que devo desconfiar. Até hoje só li um texto, e escrito depois do insucesso da ocupação americana, que reme no sentido oposto. Foi o de Ali Kamel em seu livro “Sobre o Islã”. Ele argumenta que com os dados que Bush dispunha em 2003, fruto de trabalho do serviço secreto e discursos do próprio Sadam, não só ele quanto qualquer outro presidente americano faria o mesmo. A grande questão era a suspeita que o Iraque se tornasse abrigo e apoio para Bin Laden; se com o apoio do miserável Afeganistão foi possível o 11 de setembro, o que aconteceria com um apoio bem mais substancioso, o Iraque? Se hoje não foram encontradas provas desta associação, não significa necessariamente que não existisse, não se faz aliança com o terrorismo com papel passado em cartório.

Sobre a ocupação em si, realmente não ficam dúvidas. Bush errou, e feio. Na tentativa de minorar o emprego de tropas, e evitar estragos como o Vietnã, confiou demais na tecnologia e usou infantaria de menos. Imaginava que após a derrubada de Sadam, os próprios iraquianos reconstruiriam sua nação. Mas que iraquianos? Anos de opressão acabara com toda a elite nacional e com as próprias instituições, não havia mais ninguém para conduzir o país, exceto, naturalmente, os pró-Sadam.

O que acho estranho é fácil esquecimento do que era o Iraque de Sadam. O editorial afirma que não havia terrorismo no Iraque. Esqueceu do terrorismo do estado contra seus cidadãos, o mais odioso de todos. Quantos iraquianos foram torturados e mortos apenas por se oporem ao ditador? O que existe hoje é a reação de grupos extremistas contra a democracia, esta sim a grande inimiga. Dizer que o Iraque se tornou um matadouro por causa da ação americana é torturar a história. Uma ditadura é sempre um matadouro contínuo por não aceitar a divergência.

O grande problema, após o fracasso do fascismo e do nazismo, o mundo que surgiu, bi-polar, levou os Estados Unidos a um grande erro: apoiar ditaduras que fossem contra a União Soviética. A aliança de uma democracia com o totalitarismo só podia dar no que deu, e o 11 de setembro foi um preço que pagaram por esta grande bobagem. Não questiono o apoio da URSS às ditaduras comunistas, estas por mais execráveis que sejam, possuem uma coerência: era uma ditadura apoiando a outra. O socialismo é totalitário em suas bases, pretende ser uma verdade universal e como tal não reconhece a divergência, e com ela a democracia.

O terrorismo islãmico não é dirigido contra os Estados Unidos, mas contra todas as democracias ocidentais, principalmente esta. Dizer que a invasão do Iraque foi um fracasso é questionável, em que sentido? O grande objetivo americano sempre foi claro: evitar novos ataques terroristas ao Estados Unidos. Até agora conseguiram. Eliminar todas as células terroristas é uma tarefa hercúlea, que exigiria a participação de todas as nações constituídas, como fazê-lo se muitas (inclusive a brasileira) possuem simpatias por grupos terroristas?

Por fim, outro argumento para o fracasso americano no editorial é a ameaça crescente dos americanos ao Irã. Não entendi. O Irã é governado por um perigoso megalomaníaco que, signatário do tratado de não proliferação das armas nucleares, mostra todos os sinais de estar desenvolvendo armas nucleares. Vale lembrar que o Irã admite que um dos objetivos nacionais permanentes de seu país é eliminar Israel do mapa. Quem está ameaçando quem?

Acho que a questão iraquiana merece uma reflexão mais séria, menos simplista, e mais realista por parte do jornalismo nacional.

Dois bons conselhos

O presidente Lula afirmou duas coisas ontem:

  1. Não existem casos de febre amarela
  2. Não há perigo de racionamento de energia.

Baseado na credibilidade do presidente, recomendo duas medidas:

  1. Vacinar contra febre amarela
  2. Comprar velas e gastar o máximo de energia. Para quem não se lembra, no último apagão a meta de racionamento foi pela média dos últimos meses.