Hoje fui na comemoração de fim de ano da escola de minha filha. Ela está quase fazendo 4 anos, está no jardim I. A apresentação reuniu todas as crianças da chamada pré-escola, de 2 a 6 anos de idade. Apresentaram o tema do semestre: aquecimento global.
Durante uma hora fiquei vendo as crianças dançando coreografias sobre a camada de ozônio, desmatamento da amazônia, reciclagem, extinção de espécies, etc.
Devo ser um cara muito reacionário mesmo, pois não vejo o menor sentido de colocar crianças desta idade trabalhando um assunto que não conseguem ainda entender. E nem vou entrar no mérito que o aquecimento global está me parecendo mais religião do que ciência.
Nesta fase, ainda não tem consciência crítica, e nem poderiam ter. Minha filha chegou em casa cantando uma musiquinha sobre as virtudes dos ecologistas, sobre a corrupção e guerras… qual o sentido disso tudo? Fazer lavagem cerebral? Por que não esperar estas crianças terem um mínimo de entendimento para apresentar-lhe semelhantes “reflexões”? Qual o sentido de ficar repetindo para minha filha, de três anos!, que o mico leão dourado está em extinção? Que o homem está destruindo o meio ambiente?
Sei lá, não sou pedagogo, longo disso. Mas imagino que deveriam ter com tema coisas como as cores, a natureza, a água, os animais, qualquer coisa que estivesse no entendimento delas.
Reclamam que as crianças estão amadurecendo cedo demais, que desenvolvem sintomas de stress e nervosismos. O que vi hoje foi colocarem minha filha como uma espécie de “mini-adulto”. Teve até uma turma dançando um “rap da periferia”, que por sinal achei de um mau gosto terrível. Devo ser muito errado mesmo, foi a hora que a platéia mais aplaudiu!
Sinceramente, espero que os estudiosos estejam certos e eu errado, odeio pensar que estão fazendo um mal para um filho meu. O problema é constatar que temos uma das piores ensinos do mundo. Os resultados desta semana mostram com clareza espantosa a nossa miséria na área; estamos nas últimas posições dos países avaliados.
Para refletir.
Aconteceu comigo. Convenceram-me que a floresta amazônica iria ter desaparecido quando tivesse dezoito anos. Alguns dias chegava em casa chorando desesperado e meus pais não sabiam o que fazer. Acreditando nos professores, podiam apenas consolar-me de um destino trágico. Decidi salvar a floresta amazônica “quando crescesse”. A mentalidade revolucionária é contagiosa. Uma criança é completamente incapaz de resistir a tal perversidade. Os canalhas dos professores (no caso, professoras) arrogam autoridade perante os pais e crianças e depois iniciam o processo de lavagem cerebral e doutrinação ideológica. Difícil perdoar essa gente. Desperdiçaram minha atenção, perverteram minha alma, ludibriaram-me quando era mais indefeso e ingênuo e, estelionatários, não me educaram como prometido, pelo contrário. Se sabem o que fazem, são monstros. Se não sabem, é uma estupidez criminosa que ignora as conseqüências de sua irresponsabilidade.