O saldo da operação da Polícia no Complexo do Alemão no Rio é de 19 mortos. Os engajados de sempre já se adiantam a qualquer investigação e denunciam exageros da polícia, entre esses a OAB.
Por que na dúvida estas entidades estão sempre contra a polícia? As apurações estão sendo feitas, não há imagem do tiroteio, mas são taxativos: 11 dos 19 são inocentes. O que leva a outra pergunta: como sabem que são inocentes?
O fato é que há anos estamos vendo a aliança perigosa das autoridades do Rio com o tráfico. E os resultados estão aí: uma cidade sitiada e convertida em eterna zona de conflito. Existem territórios onde o estado não entra, o que para a soberania é inaceitável.
Quando Sérgio Cabral foi eleito, devido a sua aliança com o casal Garotinho, imaginei que a situação permaneceria a mesma. Mas o que está se vendo é o enfrentamento.
Dizem que a solução não é o enfrentamento. Pois o diálogo e acordos levaram ao caos. A cada acordo, um avanço da bandidagem. O estado não pode aceitar a existência de zonas proibidas e deve agir para libertá-las.
A situação atual interessa a muita gente. Tem ONG ganhando uma nota preta com a exploração da miséria e da violência. Os programas que vejo nos jornais não buscam tirar os habitantes do morro da miséria, mas mantê-los lá e criar uma cultura da miséria. Toda vez que vejo uma ONG promovendo e defendendo um baile funk não deixo de pensar nisso.
Não estou dizendo que não possa ter havido exageros e que os policiais sejam acima do bem e do mal. Não o são. Cabe investigação e punições. Mas deve-se levar em conta que estão debaixo de tiro de um verdadeiro arsenal militar e lutando por suas vidas. O mínimo que se exige de uma situação como esta é respeito e equilíbrio.
Que o governador e seu secretário de segurança não caiam neste papo.