Está no editorial do Globo

Muitas dessas organizações que atentam contra a ordem constituída se valem de antigas alianças com o PT e da proximidade do presidente, que, de forma temerária, já permitiu que uma bandeira do MST fosse desfraldada em seu gabinete, enquanto ostentava um chapéu do movimento como se fosse um dos militantes que desrespeitam a lei ao invadir propriedades privadas e depredar instalações de empresas. Espera-se que, assim como Lula parece ter entendido o que de fato representa para o país em ameaças a ação deletéria dos populistas Hugo Chávez e Evo Morales no continente, também compreenda que, para levar adiante o projeto de colocar o Brasil num longo ciclo de crescimento sustentado, terá de abandonar pela estrada antigos aliados, beneficiários de todo um arcabouço de normas e leis feitas para transferir dinheiro público para minorias privilegiadas. Normas e leis que imobilizam o país.

São essas minorias que Lula favorece ao vetar a Emenda 3, que impede que fiscal da Receita seja juiz, contra o interesse do sindicalismo, sempre atento para defender o crescimento do imposto sindical, mesmo que no fundo dessa questão esteja a causa da precariedade nas relações de emprego de mais da metade dos trabalhadores. Por isso, nas manifestações de quarta-feira havia palavras de ordem contra as reformas trabalhista e previdenciária.

A mesma impunidade que incentiva o criminoso comum e o de colarinho branco também dá espaço a estudantes da USP desobedecerem a uma ordem judicial, e estimula esses grupos antidemocráticos a fazerem o que bem entendem nas ruas e estradas, prejudicando milhões de pessoas. O presidente precisa entender o cenário que se desenha à sua frente e fazer a opção correta, em defesa da Constituição.

Em três parágrafos o editorial do Globo conseguiu sintetizar o que tenho falado aqui: o método que une sindicatos, movimentos sociais e agora estudantes da USP. E ainda coloca corretamente a questão do veto à Emenda 3 no meio disso tudo. Está mais do que na hora de se começar a combater os privilégios de uma minoria, que recebem recursos públicos sem qualquer transparência e fiscalização. O governo perguntou sobre o fim da CPMF da onde sairia o recurso para saúde? Que tal combater o desperdício, para começar com o fim do financiamento de grupos baderneiros de esquerda?

É um bom começo.

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