Mês: março 2007
Pior solução Possível
O governo mostrou mais uma vez toda sua incompetência ao lidar com o caos de ontem. Além de aceitar passivamente que um grupo de sargentos paralisassem o país, desautorizou o Comandante da Aeronáutica e cedeu a todas as exigências da rebelião. Mais uma vez afirmo, não existe greve no meio militar, existe rebelião.
O que aconteceu ontem foi crime militar, tipificado do respectivo código. Pode ter resolvido a situação de ontem, mas as conseqüências maiores ainda hão de vir. O presidente conseguiu levar a sindicalização para dentro das forças armadas e nada de bom pode vir daí.
Não se enganem com a desmilitarização. É bom só para o atual governo. Por que? Porque passando para controle civil poderá se sindicalizar oficialmente e entrar no guarda-chuvas da CUT. Enquanto o PT estiver no governo tudo bem, mas saindo a CUT volta a seu estado padrão: infernizar o governo. E já aprendeu que terá uma excelente arma nas mãos.
Mais uma vez afirmo, as Forças Armadas são as guardiãs do que existe de mais letal em uma nação. Uma greve da Polícia pode ser enfrentada por elas, como já foi. E uma greve do Exército? Quem enfrenta? A ONU?
Há cerca de vinte anos atrás o Brasil assistiu estarrecido um simples Capitão, que eu conheci, tomar a prefeitura de Apucarana com uma tropa de blindados. Já vivíamos o governo Sarney. O que aconteceria num movimento mais amplo?
A solução de ontem teria de começar necessariamente pela prisão dos líderes do movimento. No mínimo. E isso não é decisão de governo, está no código penal militar e deve ser cumprida. A partir do momento que se permite que militares façam rebeliões a situação fica fora de controle. Questão de tempo. Mais um presente do Lulismo-petismo ao país.
Tudo resolvido
Lula, dentro do avião que segue para os EUA, foi avisado do agravamento da crise. Foi duro. Quer uma solução. Pronto, nada mais a preocupar. Fico imaginando quanto tempo vai levar para colocar a culpa no FHC. Um lembrete. Existe um relatório da Aeronautica de 2004 alertando para os problemas do setor. Foi ignorado, como quase tudo no desgoverno que temos.
Não há mais apagão aéreo. Agora é crise.
Não há crise aérea…
Depois de passar meses dizendo que não existia crise no setor aéreo e se render aos fatos esta semana, o presidente tomou uma atitude firme. Exigiu uma data para normalização dos aeroportos. Foi enfático, queria não só a data, mas também a hora.
Pois está aí o resultado. Todos os aeroportos do país estão fechados pelo motim dos controladores. Atenção, estão dizendo greve mas militar não faz greve, faz motim. E por isso já receberam a voz de prisão do Comandante da Aeronáutica em pessoa. Não tinha outra escolha. Uma vez alguém definiu os militares como os guardiões do que existe de mais letal em um país. Deixá-los se amotinar pode levar à conseqüências incontroláveis. Imagine uma unidade de blindados amotinada apontando suas armas para o palácio do planalto. Quem resolveria a questão.
Quando meses atrás o Ministro da Defesa reuniu-se com os sargentos , sem a presença do Comandante da Aeronáutica tratando-os como grevistas do ABC já estava semeada a confusão futura. E está aí. O movimento foi deflagrado pela transferência de um Sargento (o líder da “categoria”) de Brasília para Santa Maria.
As reivindicações podem até serem justas, mas desde o início as atitudes dos controladores está se mostrando por demais oportunistas. A primeira paralisação quando o inquérito do acidente da Gol apontou para seus pares, e agora por causa da transferência de seu líder.
Depois de mais de 6 meses o governo resolve fazer o que deveria ter feito desde o início. Constituir um gabinete da crise e reconhecê-la como tal.
Como ficam agora os 308 bravos deputados que acham que não há fato determinado para instalar uma CPI no setor? A lista está aí no blog para quem quiser ver. Os petistas e mensaleiros já não causam surpresas, mas chamou a atenção o nome de gente com Serraglio, Izar e Miro Teixeira. Um arranhão e tanto na imagem destes parlamentares.
Lula já orientou o Comando da Aeronáutica a negociar. É perigoso tratar militares como grevistas comuns. Abre um precedente perigosíssimo. Mas também a solução não é fácil pois os controladores sabem que tem o país nas mãos. E isto é o mais grave de tudo.
Novos Métodos
Petição pela CPI do Apagão Aéreo
Já esta na net a petição online pela CPI, com finalidade de dar respaldo popular à sua instalação. Aqui vai o link, assine!
Lista do Apagão
Que fique o registro dos 308 deputados que sepultaram na Câmara a CPI do Apagão, que entre outras dispunha-se a investigar as causas do acidente da GOL e do caos nos aeroportos. Aquela que o governo só aceitava se não investigassem a INFRAERO. O PT liderou a turma com 71 deputados, seguido de perto pelo PMDB com 65. Em negrito os “destaques”.
Total por partidos:
PT – 71, PMDB – 65, PP – 34, PR – 33, PSB – 22, PDT – 21, PTB – 16, PC do B – 13, PAN -4, PSC – 6, PMN – 5, DEM – 4, PPS – 2, PSDB -1, PV – 1, PTC – 1, PHS – 1, PRB – 1, Sem partido 2
PT
Adão Pretto (RS)
Andre Vargas (PR)
Angela Portela (RR)
Angelo Vanhoni (PR)
Anselmo de Jesus (RO)
Antônio Carlos Biffi (MS)
Antonio José Medeiros (PI)
Antonio Palocci (SP)
Assis do Couto (PR)
Beto Faro (PA)
Carlos Abicalil (MT)
Carlos Santana (RJ)
Carlos Wilson (PE)
Carlos Zarattini (SP)
Chico DAngelo (RJ)
Cida Diogo (RJ)
Dalva Figueiredo (AP)
Décio Lima (SC)
Devanir Ribeiro (SP)
Domingos Dutra (MA)
Dr. Rosinha (PR)
Edson Santos (RJ)
Eduardo Valverde (RO)
Elismar Prado (MG)
Eudes Xavier (CE)
Fátima Bezerra (RN)
Fernando Ferro (PE)
Fernando Melo (AC)
Gilmar Machado (MG)
Guilherme Menezes (BA)
Henrique Afonso (AC)
Henrique Fontana (RS)
Iran Barbosa (SE)
Iriny Lopes (ES)
Janete Rocha Pietá (SP)
Jilmar Tatto (SP)
João Paulo Cunha (SP)
Jorge Bittar (RJ)
José Airton Cirilo (CE)
José Genoíno (SP)
José Guimarães (CE)
José Mentor (SP)
José Pimentel (CE)
Joseph Bandeira (BA)
Leonardo Monteiro (MG)
Luiz Bassuma (BA)
Luiz Couto (PB)
Luiz Sérgio (RJ)
Magela (DF)
Marco Maia (RS)
Maria do Carmo Lara (MG)
Maria do Rosário (RS)
Maurício Rands (PE)
Miguel Corrêa Jr. (MG)
Nazareno Fonteles (PI)
Nelson Pellegrino (BA)
Nilson Mourão (AC)
Odair Cunha (MG)
Paulo Pimenta (RS)
Paulo Rocha (PA)
Paulo Rubem Santiago (PE)
Paulo Teixeira (SP)
Pedro Eugênio (PE)
Pedro Wilson (GO)
Pepe Vargas (RS)
Praciano (AM)
Reginaldo Lopes (MG)
Ricardo Berzoini (SP)
Rubens Otoni (GO)
Sérgio Barradas Carneiro (BA)
Tarcísio Zimmermann (RS)
Vaccarezza (SP)
Vander Loubet (MS)
Vicentinho (SP)
Vignatti (SC)
Virgílio Guimarães (MG)
Zezéu Ribeiro (BA)
PMDB
Acélio Casagrande (SC)
Alberto Silva (PI)
Alexandre Santos (RJ)
Aníbal Gomes (CE)
Antônio Andrade (MG)
Antonio Bulhões (SP)
Asdrubal Bentes (PA)
Bel Mesquita (PA)
Bernardo Ariston (RJ)
Carlos Alberto Canuto (AL)
Carlos Bezerra (MT)
Carlos Eduardo Cadoca (PE)
Celso Maldaner (SC)
Colbert Martins (BA)
Darcísio Perondi (RS)
Edinho Bez (SC)
Edio Lopes (RR)
Edson Ezequiel (RJ)
Eduardo Cunha (RJ)
Elcione Barbalho (PA)
Eliseu Padilha (RS)
Eunício Oliveira (CE)
Fátima Pelaes (AP)
Fernando Diniz (MG)
Flaviano Melo (AC)
Flávio Bezerra (CE)
Francisco Rossi (SP)
Geraldo Pudim (RJ)
Hermes Parcianello (PR)
Íris de Araújo (GO)
João Magalhães (MG)
João Matos (SC)
Joaquim Beltrão (AL)
Jurandil Juarez (AP)
Laerte Bessa (DF)
Leandro Vilela (GO)
Lelo Coimbra (ES)
Leonardo Quintão (MG)
Luiz Bittencourt (GO)
Marcelo Castro (PI)
Marcelo Guimarães Filho (BA)
Marcelo Itagiba (RJ) – Abstenção
Maria Lúcia Cardoso (MG)
Marinha Raupp (RO)
Moacir Micheletto (PR)
Nelson Bornier (RJ)
Olavo Calheiros (AL)
Osmar Serraglio (PR)
Osvaldo Reis (TO)
Paulo Henrique Lustosa (CE)
Paulo Piau (MG)
Pedro Chaves (GO)
Pedro Novais (MA)
Professor Setimo (MA)
Reinhold Stephanes (PR)
Rocha Loures (PR)
Saraiva Felipe (MG)
Solange Almeida (RJ)
Tadeu Filippelli (DF)
Valdir Colatto (SC)
Vital do Rêgo Filho (PB)
Waldemir Moka (MS)
Wilson Santiago (PB)
Zé Gerardo (CE)
Zequinha Marinho (PA)
PP
Afonso Hamm (RS)
Aline Corrêa (SP)
Antonio Cruz (MS)
Benedito de Lira (AL)
Carlos Souza (AM)
Ciro Nogueira (PI)
Eduardo da Fonte (PE)
Eliene Lima (MT)
Eugênio Rabelo (CE)
George Hilton (MG)
Gerson Peres (PA)
João Leão (BA)
João Pizzolatti (SC)
José Linhares (CE)
José Otávio Germano (RS)
Lázaro Botelho (TO)
Luiz Fernando Faria (MG)
Márcio Reinaldo Moreira (MG)
Mário Negromonte (BA)
Nélio Dias (RN)
Nelson Meurer (PR)
Neudo Campos (RR)
Pedro Henry (MT)
Rebecca Garcia (AM)
Renato Molling (RS)
Ricardo Barros (PR)
Roberto Balestra (GO)
Roberto Britto (BA)
Sandes Júnior (GO)
ão Ses (RJ)
Vadão Gomes (SP)
Vilson Covatti (RS)
Waldir Maranhão (MA)
Zonta (SC)
PR
Aelton Freitas (MG)
Chico da Princesa (PR)
Dr. Adilson Soares (RJ)
Giacobo (PR)
Gorete Pereira (CE)
Homero Pereira (MT)
Inocêncio Oliveira (PE)
João Carlos Bacelar (BA)
João Maia (RN)
Jofran Frejat (DF)
José Carlos Araújo (BA)
José Rocha (BA)
Léo Alcântara (CE)
Lincoln Portela (MG)
Lindomar Garçon (RO)
Lucenira Pimentel (AP)
Luciano Castro (RR)
Lúcio Vale (PA)
Marcelo Teixeira (CE)
Maurício Quintella Lessa (AL)
Maurício Trindade (BA)
Milton Monti (SP)
Neilton Mulim (RJ)
Nelson Goetten (SC)
Sandro Mabel (GO)
Sandro Matos (RJ)
Tonha Magalhães (BA)
Valdemar Costa Neto (SP)
Vicente Arruda (CE)
Vicentinho Alves (TO)
Wellington Fagundes (MT)
Wellington Roberto (PB)
PSB
Ana Arraes (PE)
Ariosto Holanda (CE)
Átila Lira (PI)
Beto Albuquerque (RS)
Djalma Berger (SC)
Dr. Ubiali (SP)
Eduardo Lopes (RJ)
Fernando Coelho Filho (PE)
Givaldo Carimbão (AL)
Janete Capiberibe (AP)
Laurez Moreira (TO)
Lídice da Mata (BA)
Manoel Junior (PB)
Marcelo Serafim (AM)
Márcio França (SP)
Marcondes Gadelha (PB)
Maria Helena (RR)
Mauro Nazif (RO)
Ribamar Alves (MA)
Rodrigo Rollemberg (DF)
Valadares Filho (SE)
Valtenir Luiz Pereira (MT)
PDT
Arnaldo Vianna (RJ)
Barbosa Neto (PR)
Brizola Neto (RJ)
Dagoberto (MS)
Davi Alves Silva Júnior (MA)
Dr. Basegio (RS)
Giovanni Queiroz (PA)
João Dado (SP)
Julião Amin (MA)
Manato (ES)
Marcos Medrado (BA)
Miro Teixeira (RJ)
Paulinho da Força (SP)
Pompeo de Mattos (RS)
Reinaldo Nogueira (SP)
Sebastião Bala Rocha (AP)
Sérgio Brito (BA)
Severiano Alves (BA)
Sueli Vidigal (ES)
Vieira da Cunha (RS)
Wolney Queiroz (PE)
PTB
Armando Abílio (PB)
Armando Monteiro (PE)
Arnon Bezerra (CE)
Augusto Farias (AL)
Ernandes Amorim (RO)
Frank Aguiar (SP)
Jackson Barreto (SE)
José Múcio Monteiro (PE)
Jovair Arantes (GO)
Luiz Carlos Busato (RS)
Paes Landim (PI)
Paulo Roberto (RS)
Pedro Fernandes (MA)
Ricardo Izar (SP)
Sabino Castelo Branco (AM)
Sérgio Moraes (RS)
PC do B
Aldo Rebelo (SP)
Alice Portugal (BA)
Chico Lopes (CE)
Daniel Almeida (BA)
Edmilson Valentim (RJ)
Evandro Milhomen (AP)
Flávio Dino (MA)
Jô Moraes (MG)
Manuela D’Ávila (RS)
Osmar Júnior (PI)
Perpétua Almeida (AC)
Renildo Calheiros (PE)
Vanessa Grazziotin (AM)
PAN
Cleber Verde (MA)
Jurandy Loureiro (ES)
Silas Câmara (AM)
Takayama (PR)
PSC
Deley (RJ)
Eduardo Amorim (SE)
Filipe Pereira (RJ)
Hugo Leal (RJ)
Mário de Oliveira (MG)
Ratinho Junior (PR)
PMN
Fábio Faria (RN)
Francisco Tenorio (AL)
Sergio Petecão (AC)
Silvio Costa (PE)
Uldurico Pinto (BA)
DEM (PFL)
Cristiano Matheus (AL)
João Bittar (MG)
Lael Varella (MG)
Roberto Magalhães (PE)
PPS
Airton Roveda (PR)
Alexandre Silveira (MG)
PSDB
Silvio Lopes (RJ)
PV
Fábio Ramalho (MG)
PTC
Carlos Willian (MG)
PHS
Felipe Bornier (RJ)
PRB
Léo Vivas (RJ)
Sem partido
Damião Feliciano (PB)
Juvenil Alves (MG)
Programa nuclear iraniano
Em 2003, A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comunicou que o Irã ocultara um programa de enriquecimento de urânio por 18 anos. A questão é que este país integra o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que impede o desenvolvimento de armas nucleares por aqueles que ainda não possuem a tecnologia. O Tratado prevê o enriquecimento para fins pacíficos (produção de energia), mas deve ser realizado com acompanhamento e fiscalização da AIEA, à semelhança do que acontece com o Brasil.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirma que o propósito do programa nuclear de seu país é diversificar as fontes de energia. Como o país é rico em gás e petróleo e, recusou recentemente ofertas de urânio já enriquecido, aumentam as suspeitas que esteja visando o desenvolvimento de armas nucleares.
No fim de 2006, o Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou resolução prevendo sanções bélicas e tecnológicas ao Irã e determinando o fim do desenvolvimento do programa em um prazo de 3 meses.
Terminado este período a AIEA constatou que não apenas a resolução não foi cumprida, como o programa foi acelerado. Israel já trabalha com a hipótese que o ciclo de enriquecimento esteja concluído em um ano e que, vencida esta etapa o país se retire do TNP para desenvolver armas nucleares.
A questão é bastante sensível, e as potências ocidentais tentam impedir por vias diplomáticas o prosseguimento por este caminho. Em caso de fracasso, é provável que haja ações militares por parte de Israel e dos Estados Unidos. O que tornaria o Oriente Médio ainda mais explosivo do que é hoje.
A melhor coisa para a humanidade hoje é o sucesso da investida diplomática, pois parece cada dia mais improvável que as potências ocidentais assistam impassíveis o surgimento de uma potência nuclear na região.
Dia e Hora
Começou
O primeiro partido a chiar com a decisão do TSE foi, como não poderia deixar de ser, o PR. O PL é a união do antigo mensaleiro PN (antigo no nome, fique bem claro) com o PRONA. Pois o PR é justamente o partido que mais cresceu depois das urnas, com promessas de cargos que ainda nem existiam. Com a nomeação de Alfredo Nascimento para os Transportes, tinha tudo para inchar ainda mais, pois agora os cargos (e os recursos correlatos) efetivamente existem.