Nos últimos anos, tivemos a explosão da violência comandada pelo narco-tráfico em 3 estados diferentes: Espírito Santo, São Paulo e Rio. Do jeito que a coisa vai ainda estoura em Minas Gerais, para fechar o sudeste.
As quadrilhas já são internacionais. Compram armas lá fora, trazem drogas da Colômbia, e também revendem no exterior. As fronteiras são desprotegidas, e a cada dia o contrabando é maior. Qualquer política para enfrentar o problema a nível estadual está destinada ao fracasso, pois trata-se de uma questão eminentemente federal.
Infelizmente, ao invés de assumir a questão como é, porque traz um custo político muito alto, nosso presidente finge que não é com ele. E ainda coloca a sua Inteligência e Forças Armadas à disposição para ajudar. Um verdadeiro democrata.
As ações que ocorreram este ano no Rio e em São Paulo são atos terroristas. A bandidagem atacou os órgãos de defesa do Estado para impedí-los de exercer a função pública. Já fugiram do controle e da capacidade das polícias militares faz tempo.
Infelizmente a situação não tem perspectiva de melhorar, muito pelo contrário. Os políticos preferem fazer uma “aliança tática” com os chefões do crime para evir a catástrofe de suas “políticas de segurança”. É mais ou menos eu finjo que estou combatendo o crime e você finge que está sendo preso. O livro “A Elite da Tropa” aponta que a maioria das ações espetaculares das polícias nos morros cariocas, prendendo armas e drogas, são combinadas antes com estes chefões.
A verdade é que tanto Lula quanto FHC, para ficar só nos últimos 10 anos, fugiram do problema, que só faz crescer.
E um dia vai explodir de vez.