Outra coluna que aprecio muito na Veja é a de Cláudio de Moura Castro e a desta semana está excelente. Nela, o articulista apresenta um raio-x do país, que vale a pena refletir um pouco. Segundo ele:
- Aceita-se a estratificação da sociedade, e as atitudes diante do povo são feudais e paternalistas.
- Diante de um conflito, não há limites para mentiras, conchavos e intrigas a fim de desmoralizar o inimigo.
- Há pouca confiança nas instituições e no governo. Pensa-se que eles existem, sobretudo, para beneficiar os homens públicos.
- A sociedade desenvolveu certo fatalismo. Muitos tendem a viver no dia-a-dia, dando pouca importância ao planejamento do futuro e à prevenção.
- As pessoas tentam as aventuras econômicas mais extravagantes com um mínimo de informação ou estudo. Mas ficam estarrecidas quando fracassam e perdem tudo.
- Falta o sentido da obrigação de cumprir um contrato, e não se considera necessário pagar em tempo as dívidas contraídas.
- Roubar é esperto. Ser apanhado roubando é estúpido ou falta de sorte.
Coberto de razão não é mesmo? Só tem um detalhe: este país é a Coréia de 1967!
Infelizmente em vez de procurar na Coréia experiências que possamos adotar por aqui o atual modelo a ser importado é o de Fidel e Chavez.
Pobre Brasil.