Assim é Fácil

Blog do Cláudio Humberto:

De passagem por Belém, há dias, o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), revelou o segredo (e o custo) da vitória: em seu Estado, o programa Bolsa-Família gastou, só em 2006, R$ 1 bilhão com 1,3 milhão de famílias. Considerando-se a média de três eleitores por família, o programa garantiu ao PT e a Lula, na Bahia, 3,9 milhões de votos (43% do total).

Não Falei?

Três jornalistas da Veja foram convocados para depor hoje na PF. Foram intimidados por um delegado chamado “Moisés” sobre o vazamento das fotos do dinheiro e a entrevista de Verdoin e Padilha. Os advogados foram proibidos de se manifestar. Ao reclamarem que estavam já há duas horas na sede da PF o brutucu retrucou que o chefe deles ficaria quatro.
Ao saber o que estava acontecendo FHC e Tasso Jereissati ligaram pessoalmente ao Ministro da Justiça e ameaçaram ir a sede da PF acompanhar os depoimentos. O ministro garantiu não saber de nada e mandou libertar os jornalistas.
É bom a imprensa começar a reagir e logo, antes que seja tarde demais.

Já começou

Ontém militantes do PT agrediram sem cerimônia jornalistas na frente do palácio do Planalto. Deixaram bem claro que os alvos eram a TV Globo, a Folha e a Veja. Entre os gritos dos democratas estavam:

“Eu prefiro a ditadura do que a imprensa.”

“Vamos fechar todos os jornais.”

“Se falar no dossiê vai levar dossiê na cara.”

Alguns vão argumentar que estão certos. Outros que trata-se de uma minoria, que não representa o sempre limpo militante petista.

Mas eis que Marco Aurélio Garcia depois de condenar a violência jogou a culpa do acontecido para a imprensa! E ainda se sentiu no direito a pedir uma retratação sobre o mensalão, que segundo ele não se provou a existência. Ué, mas o que disseram Delúbio e Marcos Valéria na CPI? Não confirmaram o repasse? E Valdemar da Costa Neto ao renunciar, não confirmou os R$ 10 milhões que recebeu?

Defendeu também que se cancelem as assinaturas nestes veículos. Um verdadeiro democrata. Para ele, só vale pasquins como a Carta Capital, que deveria se chamar Cartilha Capital. Aliás, cadê as cartilhas? Mais de dois meses e não apareceu nenhuma cartilha que teoricamente teria sido pago pelo governo para o PT distribuir.

A imprensa no mundo civilizado __ aqui retiro Cuba, Venezuela, Bolívia e afins __ tem papel fundamental na fiscalização do poder público e não para exaltar os líderes políticos. Toda vez que a imprensa esquece este papel as consequências são funestras. Basta ver o que aconteceu no pós 11 de Setembro nos Estados Unidos. A imprensa defendeu o governo Bush com unhas e dentes e ainda demitiu jornalista que ousaram questionar o seu papel na tragédia. O resultado? Uma invasão unilateral no Iraque, que vai marcar o fracasso do seu governo na sua principal frente: a guerra contra o terrorismo.

Pois o sonho do PT é uma imprensa “chapa branca”. Ensaiou isto no início do seu primeiro governo, foi bombardeado e teve que recuarl. Agora a ofensiva vai ser na área econômica. Podem escrever que vai tentar asfixiá-las nos patrocínios e assinantes.

Menos a Isto É e Carta Capital.

Estas o dinheirinho da Petrobrás e de nossos monstros estatais está garantido.

E viva a democracia!

Day After

Hoje me poupei de assistir ou ler qualquer jornal. Por motivos óbvios. Amanhã volto à ativa, pois afinal o mundo continua. E tem muita coisa para acontecer nesta segunda metade da Idade das Trevas do Brasil.
Á luta!

Dia de Luto

Com certeza este é o post mais triste da curta história deste blog.

O povo brasileiro re-elegeu hoje o presidente mais corrupto de sua história. Esta é a grande verdade que as urnas revelaram. O resto é perfumaria, e de péssimo odor.

Lula recebeu hoje um cheque em branco. O eleitor deixou claro sua posição. Não considera corrupção um tema relevante, e nem de moral. Desde que o postulante ao cargo defenda os mitos esquerdistas que impedem a América Latina de crescer como a estatização, está tudo bem. Pode roubar a vontade, só não pode privatizar.

O Brasil perdeu hoje. Perdeu no combate à corrupção e na utilização do Estado para fins partidários. A coligação de Lula, notadamente PT-PMDB, vai ampliar agora a ocupação da máquina pública e a pouca independência de nossas instituições será ainda mais diminuída. Um grande exemplo será a Polícia Federal. Aqueles policiais sérios, que procuraram fazer seu papel, serão marginalizados na instituição. Os que apostaram na operação tartaruga e nas operações pirotécnicas são vitoriosos. Bem como a mídia que apostou sua fichas na defesa do governo. Isto É, Carta Capital, O Dia e outros estão com patrocínios garantidos para mais quatro anos. Graças a generosidade da “nossa” Petrobrás, Banco do Brasil, Correios e afins.

A licença para roubar foi dada. Se com tudo que foi visto, o governo ainda recebeu um voto de aprovação, não há limites para esta turma. Podem ficar de olho nas ONGs, elas serão os intermediários. O Estado de Direito será atropelado.

O viés autoritário ficará mais evidente. O grande inimigo: a mídia independente. E se o judiciário ousar se colocar como obstáculo será o próximo.

Mas será na economia que o abalo será forte. Tudo indica que o ciclo de crescimento mundial está chegando ao fim. Este governo não tem a menor condições de enfrentar uma recessão com as idéias que defende. O ministro da fazenda e a da casa civil __ me poupo de sequer pronunciar estes nomes __ já iniciaram um movimento para derrubar Henrique Meirelles no Banco Central. Querem a derrubada das taxas de juros por decreto, mesmo em prejuízo das metas de inflação. Lula se comprometeu na campanha a não reduzir os gastos públicos, e não há motivo para que não o faça já que não fez até hoje. Já foi comprovado que a conta não fecha. Só há duas saídas: aumento de impostos e inflação. Aposto nos dois.

O maior programa de distribuição de renda já feito no Brasil foi o Plano Real e o fim da inflação. Pois ambos estão ameaçados. E o povo irá descobrir que os R$50,00 da bolsa-família não servirá para nada. E não adiantará reclamar, pois foi opção sua.

De tempos em tempos uma nação chega a uma encruzilhada. Um caminho leva ao futuro, a um papel mais digno no mundo. O outro leva ao atraso. Erramos em todas estas encruzilhadas, mas todos os erros anteriores foram da elite política. Este é diferente, a responsabilidade é todo da povo brasileiro. Não haverá a quem culpar, apenas sobrará o arrependimento. Que nem todos terão a humildade de assumir.

Sei que hoje faço parte de 40% dos eleitores brasileiros que repudiam este governo. E este sentimento é forte, de revolta. Apesar das manchetes, a mídia “isenta” foi um dos responsáveis pelo que aconteceu. Pois não há como ser isento em uma situação moral. Se não tiveram coragem de justificar o roubo, tentaram mostra-lo como luta política. Como um capricho na oposição. Não chamaram as coisas pelo devido nome. Abusaram de eufemismos como “recursos não contabilizados”, “suposto mensalão”. Nenhum jornal teve a coragem de dizer que o presidente mentiu, e quando mentiu. Apenas entrou em contradição.

Faço parte de 40% dos eleitores brasileiros que consideram que os fins não justificam os meios. Que a corrupção é o maior dos nossos males. E que só pode ser combatida com a total intolerância, como fazem as nações civilizadas.

Coisa que evidentemente, não somos.


Já Votei

Fiz o que podia. Dei uma banana para o atual presidente. E bem dada!
É o suficiente?
Claro que não.
Mas daqui a alguns meses quando vir nas ruas uma multidão de desiludidos arrependidos vai me restar ao menos a satisfação de não ter feito parte desta lambança!

Amanhã é o Dia

Curioso. Esta semana cheguei a conclusão que não dava mais e que Lula seria re-eleito com folgas. Tudo conspira a seu favor, até mesmo a incopetência da candidatura de oposição em defender uma opção diferente do que está aí.

Tá tudo tão bem encaminhado que fico me perguntando porque tanta irritação no debate ontém e tanta virulencia nos ataques petistas dos últimos dias.

Está um clima no mínimo esquisito. É aquela situação que me lembra as leis de Murphy. É justamente quando nada pode dar errado que dará. Será?

O fato é que amanhão os eleitores brasileiros comparecerão às urnas mais uma vez para escolher o seu governante para os próximos 4 anos. É sempre o momento para a nação se afirmar e definir seu futuro. O meu voto está se tornando quase que um de resistência, contra o status quo atual. Estando certo, obviamente, as pesquisas.

Está com a maioria nem sempre é sinal de sabedoria. Espero, sinceramente, que o Brasil me surpreenda amanhão e de um basta a esta esculhambação generalizada que o PT fez com meu país. Mas isto não depende de mim, e sim da consciência crítica de meu povo e como quer se definir como nação. A opção está bastante clara. Quem me dera se ao dormir hoje uma manifestação coletiva de inspiração conduza o voto amanhã para a vitória de Alckmin.

Seria inesperado?

Totalmente!

Mas nem por isto menos emocionante!

Acorda Brasil!